Neste livro, o renomado metafísico suíço Frithjof Schuon trata de uma gama de assuntos metafísicos, cosmológicos e antropológicos. No ensaio que dá título ao livro, ele sonda o fenômeno ambíguo do “gênio”, e mostra como a sociedade moderna substituiu a veneração tradicional devida ao sábio, ao santo e ao herói pelo culto do prodígio individualista. Schuon analisa também o conceito de “gênio” em conexão com alguns dos mais famosos artistas e autores do período que vai do século XVIII ao XX. “Em Ter um Centro, encontramos comentários gratificantemente ricos e iluminadores sobre a literatura europeia clássica de aproximadamente 1750 a 1950”, nota o autor britânico William Stoddart.

Nos demais capítulos desta obra notável, Schuon aborda a relação entre inteligência e caráter, a distinção entre gnosticismo heterodoxo e gnose universal, os graus e dimensões do teísmo. Tour de force primoroso, compara a mensagem do metafísico indiano Shânkara com a do rei-profeta Davi e do mestre espiritual japonês Hônen. Finalmente, analisa o rico simbolismo do vestuário dos índios e compara as astronomias geocêntrica e heliocêntrica. Uma leitura surpreendente e instrutiva!
Frithjof Schuon é o principal expoente da Filosofia Perene no mundo moderno. Ao lado de René Guénon, Titus Burckhardt e Martin Lings, ele expõe a sabedoria de sempre em linguagem adaptada às necessidades do homem contemporâneo.